Abriu na terça feira a 1.ª Bienal Brasileira de Design, em São Paulo. Serão expostas cerca de 600 peças de design de produto e de comunicação, em um espaço de 8.000 metros quadrados, ocupando todos os andares da Oca, no Parque do Ibirapuera e abordando tanto aspectos históricos da formação do design como a contemporaneidade.
"O Brasil sabe fazer design", o brasileiro tem maturidade nesse ramo, como diz Joice Joppert Leal, uma das curadoras. Há três anos o Ministério do Desenvolvimento vem maturando a idéia de realizar esse evento como uma ampla vitrine da produção brasileira - e, claro, uma das idéias principais é impulsionar ainda mais a imagem do design nacional para o mercado exterior. Mas é também uma oportunidade para o próprio público daqui, interessado, conhecer os produtos brasileiros e sua história. "O objetivo é o de que esta bienal seja um projeto contínuo", diz Joice.
A exposição começa no piso térreo da Oca com a mostra Nosso Saber Fazer, que apresenta as origens do design brasileiro desde as criações realizadas pelos índios, passando pelas culturas cabocla e pelo artesanal produzido nos dias atuais. "Estão reunidos objetos da casa e do corpo: há bolsas, mobiliário, lamparinas, moringas", enumera Joice. Ela cita como um curioso exemplo desse módulo um conjunto de panelas pertencentes à cultura marajoara, à cultura caipira e as que são produzidas atualmente no Espírito Santo - são objetos que, de forma despretensiosa, não deixam de ser ícones da originalidade do brasileiro.
No mesmo piso, está a exposição Um Olhar sobre a História do Design Brasileiro, que começa a ser contada a partir de registros das ações de uma personalidade ilustre, Ruy Barbosa, que no século 19 tinha já "uma preocupação com o design", queria criar no Brasil o curso de "desenho de produtos", como conta a curadora. Depois, a mostra segue pontuando criações década a década, até o ano 2000, sempre com destaque para o design de cadeiras e poltronas, produto forte. "A história do design no Brasil é recente, a primeira escola surge no Rio na década de 1960. Até esse período e ainda depois eram os arquitetos que faziam os produtos para ocupar as casas que eles projetavam e, assim, o mobiliário foi ganhando destaque", diz Joice. Ela também cita a indústria automobilística que ganhou impulso a partir da década de 1950, com o Plano de Metas de JK - carros de época estão lá na Oca.
A 1ª Bienal ainda se completa com mais outras duas mostras. No primeiro andar do prédio, está uma exposição que se dedica a apresentar produtos de grandes nomes do design atual e tecnologia, com curadoria de Marili Brandão; e, no segundo andar, uma mostra como homenagem à francesa Charlotte Perriand.
Já no Memorial da América Latina ocorre a 8ª Bienal Brasileira de Design Gráfico com mais de 40 produtos selecionados, entre publicações, embalagens, marcas, sites, cartazes e animações. A mostra, realizada pela Associação dos Designers Gráficos do Brasil, está dividida em núcleos, com curadoria dos designers André Stolarski, Bruno Porto, Fernanda Martins e Marco Aurélio Kato.
Mais detalhes:
1.ª Bienal Brasileira de Design. Oca. Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n.º, Pq. do Ibirapuera, 5572-5531. 3.ª a dom., 10 h às 21 h. Grátis. Até 06 de agosto.
8.ª Bienal Brasileira de Design Gráfico. Memorial da América Latina/Galeria Marta Traba. Rua Auro Soares de Moura Andrade, 664, metrô Barra Funda, 3823-4600. 3.ªa 6.ª, 9 h às 20 h (sáb. e dom., até 18 h). Grátis. Até 23 de julho.
(via: Folha de São Paulo e Estadão, dica enviada por Gustavo Nóbrega)
quarta-feira, 21 de junho de 2006
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2 comentários:
roubaram meu post! :S
queria morar em SP T_T
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